O blockchain ficou muito conhecido em associação com as criptomoedas e, mais recentemente, aos NFTs. No entanto, essa tecnologia tem potencial de transformar mercados e revolucionar modelos econômicos.
Atualmente, o maior impacto do blockchain está no mercado financeiro. Para conhecer as possibilidades com esse formato de rede descentralizada, é importante entender o que é o blockchain e como ele funciona.
Confira no texto a seguir!
O que é o blockchain
A tradução literal da palavra “blockchain” significa “corrente de blocos”. O nome vem exatamente do modelo operacional dessa tecnologia: os dados das transações feitas por blockchain são armazenados em blocos, registrados através de uma corrente que forma uma rede descentralizada.
De maneira mais simples, pode-se dizer que o sistema blockchain é como um livro-caixa, um livro de registros contábil, que facilita transações e rastreamento de ativos de forma virtual, compartilhada e imutável.
A descentralização é uma das características centrais da tecnologia blockchain.
O controle dos dados não é feito por uma entidade única, como uma instituição financeira, uma empresa ou um governo; a rede blockchain é compartilhada, permitindo acesso de todos os participantes aos registros de transações.
A própria validação das transações é feita de forma autônoma por mineradores que as verificam e registram no bloco, eliminando a participação de terceiros para proteger ou autenticar os dados.
Ao criar um modelo coletivo, o blockchain cria registro mais transparentes, confiáveis e impossíveis de serem modificados. Nenhum participante da rede consegue alterar ou corromper uma transação depois de seu registro no blockchain.
É um consenso que são três os pilares do blockchain:
- Descentralização
- Transparência
- Imutabilidade
Veja, a seguir, mais detalhes sobre como funciona a tecnologia blockchain.
Como funciona o blockchain
Como já mencionado, a estrutura do blockchain é composta por uma sequência de blocos de informações encadeados.
Cada bloco traz um hash, uma espécie de impressão digital ou identificar exclusivo, que contém data e hora das transações válidas recentes mais o hash do bloco anterior; esse vínculo entre dois blocos sequenciais impede que eles sejam alterados ou que seja inserido um outro bloco de informações entre eles. As novas transações incorporadas se juntam aos dados anteriores e tornam o sistema maior e mais complexo.
O que é um hash?
É um algoritmo que tem a função de converter e resumir arquivos em um código que seja o mais único possível. Essa representação dos dados forma uma espécie de impressão digital que não pode ser revertida para seu estado original, facilitando a verificação da integridade da informação e aumentando a segurança de transações.
Análise e oficialização das transições
O modelo descentralizado do blockchain tira a responsabilidade da validação de operações da mão de uma única autoridade. Ao invés de depender do controle de terceiros, os próprios usuários da rede compartilhada protegem e garantem a integridade do blockchain.
Logo que são criadas, as transações ficam com status “pendente”, em um espaço de armazenamento temporário. A validação das transições e, consequentemente, sua conversão em um bloco com hash são feitas pelos miners (mineradores).
Depois disso, ainda há o “consenso da rede blockchain”: o miner só pode incluir uma transação ao bloco se a maioria da rede (50% + 1) concordar que a mesma é legítima. Os usuários que auditam essas operações são os nodes (nós).
Um bloco é formado por um grupo de transações que acontece dentro de um espaço de, em média, 10 minutos. Ou seja, a cada dez minutos, as transações recentes passam por um processo de validação e são registradas no blockchain.
Imutabilidade das transações
Uma vez analisadas pelos miners, validadas pelos nodes e incluídas no blockchain, as transações são irreversíveis.
Para conseguir alterar ou apagar uma transação, seria necessário modificar os hashs em toda a cadeia. O poder computacional e o volume de processamento necessários para uma operação nesse nível são incalculáveis.
É por isso que as transações feita por blockchain são consideradas tão seguras.
Privacidade e transparência
Há um detalhe importante sobre o funcionamento do blockchain: ao mesmo tempo que o modelo garante privacidade, ele também permite transparência das operações.
Isso acontece porque, nas transações, a identificação não é feita nominalmente; não aparece quem ou qual empresa fez aquela transferência de ativos. O que fica visível é o endereço (adress), uma forma de identidade que pode ser gerada de uma chave privada.
Uma mesma chave privada pode gerar vários endereços, possibilitando o uso de uma “identidade” diferente a cada transação.
A transparência é associada ao fato de esse endereço ficar público para todos os participantes da rede de blockchain. Essa tecnologia também garante o armazenamento das transações para sempre, o que não ocorre no modelo tradicional, onde o histórico pode ser facilmente deletado ou alterado.
O blockchain é mantido por uma rede peer-to-peer (P2P)
Isso quer dizer que a rede do blockchain é estruturada de forma a dividir a carga de trabalho entre os participantes (os peers). Há vários pares distribuídos e descentralizados que mantêm o sistema funcionando.
Se há um incidente com um desses pares ou ele sai da rede, ainda há outros participantes executando suas funções. Não há a perda de dados ou serviços como aconteceria no caso de dano ou ataque a um servidor central.
Para os miners, com a função de oficialização das transações, há um incentivo em ativos virtuais pelo trabalho desenvolvido. É, de certa forma, uma economia compartilhada.
Para que serve o blockchain?
O conceito e a função do blockchain são, com frequência, associados ao Bitcoin, pois a criação dessa moeda virtual e da primeira rede com essa tecnologia foram feitas pela mesma pessoa, Satoshi Nakamoto (pseudônimo).
No entanto, apesar do blockchain que suporta as transações do Bitcoin ser o mais conhecido, ele não é o único. E as funcionalidades desse sistema vão muito além da transferência de moedas virtuais.
De uma forma geral, qualquer ativo de valor pode ser negociado e rastreado em uma rede de blockchain. Mais recentemente, outros nomes passaram a chamar a atenção, como os NFTs e os Smart Contracts; ambos têm seus registros em blockchain.
Veja alguns exemplos de aplicações para o blockchain:
Sistemas de pagamentos internacionais
Os pagamentos e transferências entre fronteiras costumam envolver muitas burocracias, intermediários e prazos alongados. Com o blockchain, é possível facilitar esses processos, retirando a necessidade de intermediários em várias regiões e acelerando o tempo de compensação.
Algumas empresas do setor de tecnologia já possuem seus blockchains próprios, criando uma rede descentralizada de compensação e liquidação de transações praticamente em tempo real, através dos ativos digitais.
Registros de saúde
Embora seja muito diferente de um banco de dados tradicional, o blockchain também pode ser utilizado como espaço para registro de dados para os mais variados setores.
Nos Estados Unidos, uma companhia de seguros de saúde implementou um sistema de blockchain para criar uma rede de compartilhamento de informações médicas para fornecer aos pacientes acesso aos dados de forma mais protegida e ágil.
Tokenização de qualquer ativo financeiro
Tokenizar é utilizar ativos criptografados para representar, no formato digital, a propriedade de um bem. Os tokens podem representar qualquer bem de propriedade privada, como imóveis, terrenos, metais preciosos, etc.
Os NFTs também são tokens: a sigla se refere a Non-Fungible Token (token não fungível, na tradução para o português). No entanto, eles representam bens não substituíveis, ou seja, exclusivos.
Projeções do blockchain para o futuro
Apesar da popularidade e do crescimento constante no interesse pelo segmento, ainda há uma desconfiança associada ao blockchain. Ainda assim, já sabemos que é na direção dessa tecnologia que caminharão os avanços no mercado financeiro.
Na realidade, o poder disruptivo do modelo do blockchain pode transformar a forma como empresas, ONGs e até governos se organizam.
Possibilidades para os negócios
Mesmo que o blockchain ainda esteja, de certa forma, na fase de teste para a maioria das empresas, seu modelo tem potencial para trazer inúmeros benefícios para o dia a dia dos negócios como, para citar algumas, redução de custos, mais agilidade em transações financeiras, novas oportunidades de crescimento e mais vantagens competitivas no mercado.
Para aproveitar essas possibilidades ao máximo, no entanto, é preciso que a empresa já tenha começado sua jornada na Transformação Digital.
A inovação anda junto à transformação digital!
Para conseguir implementar soluções e serviços inovadores que agreguem valor aos negócios, tragam impacto aos clientes e destaquem sua empresa diante da concorrência, é essencial reavaliar os modelos tradicionais.
E, nesse caminho para fazer um assessment geral do ambiente de Tecnologia da Informação da empresa e começar a transformar processos, o que faz diferença para investimentos mais assertivos e resultados mais ágeis é o apoio especializado.
A Conversys oferece suporte altamente capacitado, com soluções personalizadas para ajudar a implementar as inovações que vão fazer toda a diferença no seu negócio!
Clique aqui e fale com nosso time.